"Temperamento artístico é uma doença que ataca os amadores"

quarta-feira, janeiro 31, 2007

Eleições

Com o tema da legalização ou não do aborto cada vez mais presente nos temas da opinião pública, venho desta forma publicar um e-mail que me chegou recentemente sobre este controverso tema e que penso ser apropriado para a altura.
"O acto sexual é para fazer filhos". Esta barbaridade foi proferida pelo então deputado do CDS, João Morgado, num debate sobre legalização do aborto na longínqua data de 3 de Abril de 1982. A resposta, não se fez esperar e no dia seguinte em poema, Natália Correia pôs todas as bancadas parlamentares sem excepção, na risota, tendo inclusivamente sido os trabalhos parlamentares interrompidos:

Já que o coito – diz Morgado
tem como fim cristalino,
preciso e imaculado
fazer menina ou menino;

e cada vez que o varão
sexual petisco manduca,
temos na procriação
prova de que houve truca-truca.

Sendo pai só de um rebento,
lógica é a conclusão
de que o viril instrumento
só usou - parca ração!

uma vez. E se a função
faz o órgão - diz o ditado -
consumada essa excepção,
ficou capado o Morgado.


(Natália Correia - 3 de Abril de 1982)

Independentemente da vossa opinião sobre a despenalização do aborto, no dia 11 de Fevereiro, conscientemente como manda a circunstância, não deixem de votar.

sábado, janeiro 27, 2007

Um Carapau fora d'água

Devido a um blackout rigorosamente mantido pela equipa de futebol Carapaus de Corrida Futebol Clube, não nos tem sido possível publicar qualquer avanço em relação às semanas posteriores ao jogo. No entanto, está já marcada para breve uma entrevista com o treinador principal da equipa, João Pelica, que pretende defender-se das acusações proferidas pelos adeptos e por alguns meios jornalísticos. Entrevista esta que será, posteriormente, publicada neste espaço.
Mesmo assim, com ou sem blackout, creio não ter passado despercebido à grande maioria da massa associativa do clube, a maré de azar que tem assolado o jovem lateral-esquerdo Oxy. Depois de uma grave lesão contraída no decurso do primeiro embate da época, que o manteve afastado dos relvados durante longas semanas, eis que a má-sorte veio bater novamente à porta, ou melhor, ele é que foi de encontro à má-sorte, sob a forma de um poste.
Depois de uma noitada, que se soube não ter sido autorizada pelo clube, pois o jogador ainda se encontra em observação, ao regressar a casa na companhia de uma "amiga" (não nos foi possível identificar a acompanhante), foi vítima de um aparatoso acidente rodoviário. As causas são ainda desconhecidas, mas crê-se que Oxy, além de altamente alcoolizado, terá sofrido uma "distracção" que não lhe permitiu fazer correctamente a curva, indo embater contra um poste de iluminação. Ambos os ocupantes da viatura saíram ilesos e encontram-se recuperados do susto. O mesmo não se poderá dizer do poderoso bólide onde se encontravam, que acabou por se tornar material para a sucata.
À semelhança de grandes jogadores do futebol mundial, como George Best, Dani ou mesmo Jardel, Oxy parece ter outras prioridades à frente da sua carreira desportiva. Esperemos que este jovem jogador, um diamante em bruto da armada bióloga, tenha a capacidade de reavaliar o seu potencial e assim fazer as melhores escolhas para o seu futuro, senão, cremos que o clube que actualmente representa terá de procurar rapidamente um substituto à altura para a posição que poderá ficar vaga.
Resta-nos desejar-lhe boa sorte e esperar vê-lo, o mais rapidamente possível, recuperado e em forma, voltando às exibições sublimes a que nos tinha habituado.

Quem tudo quer, tudo perde!

Segundo um estudo há pouco tempo apresentado, a Nasa achou vida em Marte, mas destruiu-a acidentalmente (?). Esta foi uma teoria apresentada à Sociedade Americana de Astronomia, por dois investigadores que dizem ter existido vida sobre a forma de microorganismos no planeta vermelho, mas que estes seres sucumbiram devido à acção das sondas Viking, nos anos 70. Fraquinhos...

Grandes Portugueses

Será justa ou mesmo necessária a inclusão de Salazar nesta lista que pretende retratar portugueses que enalteceram o nome do país, ou que pelo mesmo muito fizeram? No passado domingo, durante o programa, ligou um jovem petiz de 18 anos, muito senhor do seu nariz, dizendo que votou em Salazar porque no tempo deste senhor a economia estava muito bem, na altura em que este era ministro das finanças, e que não havia drogas a afligir o nosso quotidiano. Com certeza ouviu algum velhote mais saudosista do tempo dos tostões expressar a sua opinião e sem qualquer conhecimento de causa achou pertinente mostrar ao país que os jovens têm algo a dizer também. Perdeu uma bela oportunidade de ficar calado e de poupar uns cêntimos, bastava não ter ligado. Obviamente foi enxovalhado pela Maria Elisa e restantes convidados mais sapientes, que contra-argumentaram enumerando factos consumados de que no tempo de salazar não era assim tão bonito viver em portugal.
Como foi escrito por um cronista, numa revista da actualidade, Salazar não passou, e cito “de um ditador mediano, um tanto ou quanto pindérico, modesto, sem um rasgo, sem uma ideia, sem uma grande realização, sem uma conta na suiça, sem um massacre...Enfim, mandava matar envergonhadamente, chamava “safanão” à tortura(...). O homem foi a vergonha dos ditadores.”. É isto um grande português? Provavelmente a única coisa grande da sua vida foi o tombo da cadeira!
Dos restantes membros da selecta lista pouco tenho a dizer, por não poder comentar por desconhecer a fundo o seu real contributo ou por concordar com a sua inclusão, ainda que ás vezes redundante, no top. Lamento, no entanto, que em 900 séculos de história nos prendamos demasiado às conquistas e às descobertas, revelando ainda, como povo, uma mentalidade tacanha e conservadora. Em tantos anos de existência não houve mulher alguma que se sobrepusesse a alguns elementos deste clube? Não se justificaria a admissão de ilustres como vencedores de um prémio Nobel?!
Desconheço a fundo o real objectivo do programa. Se é de educar e de dar a conhecer aos portugueses um pouco das personagens da sua história, a iniciativa é de louvar. Mas se o objectivo é preencher o buraco televisivo que é a noite de domingo e puxar um pouco a veia patriótica de cada um, acho mal. Os portugueses não são grandes, nunca foram, nem nunca o serão, pelo menos enquanto não se mudarem as mentalidades. Até esse dia chegar continuaremos a ser medianos, preocupados com as galinhas dos vizinhos, lamentando o facto da relva ser mais verde do outro lado da cerca.

Nova UE...

Bem-vindos os romenos e os búlgaros à grande família que é a União Europeia. Acho que só teremos todos a ganhar com o aumento do pool genético, mas para se chupar desta grande teta há que haver alguns cuidados com a saúde interna do país. É que mutações podem dar-se devido à intromissão de 6 deputados, provenientes destes dois países, no grupo de extrema-direita do Parlamento Europeu, permitindo assim a formação de um grupo político, o ITS (Identidade, Tradição, Soberania). Um cancro que esperemos que consiga ser eliminado antes que alastre demasiado e ganhe novos focos em novos territórios.

terça-feira, janeiro 23, 2007

Clube Literário - O Top Ten

Visando a perpetuação de grandes clássicos e o enriquecimento cultural de quem quer que leia este blog, incluindo eu próprio, oficializo a existência deste novo cantinho, que tem como precursores outros posts presentes neste espaço, como "Inspiração divina" ou "Lopes Pinto, o próximo Vergílio Ferreira".
Assim, dou início ao Clube Literário publicando o top ten das melhores obras literárias de sempre. Uma lista destas é sempre muita subjectiva, mas esta teve a intervenção de 125 grandes escritores que nomearam os seus livros preferidos, tudo somado deu no seguinte:
1. Anna Karenina, de Leão Tolstoi
2. Madame Bovary, de Gustave Flaubert
3. Guerra e Paz, de Leão Tolstoi
4. Lolita, de Vladimir Nabokov
5. As Aventuras de Huckleberry Finn, de Mark Twain
6. Hamlet, Príncipe da Dinamarca, de William Shakespeare
7. O Grande Gatsby, de Scott Fitzgerald
8. À Procura do Tempo Perdido, de Marcel Proust
9. Contos, de Anton Tchekov
10. A Vida Era Assim em Middlemarch, de George Eliot

Não esperem gostar de todas as obras ou um aumento significativo do QI, mas cultivem-se!
O único malefício da leitura é um futuro acompanhado de um par de óculos!

Comunicado à Nação

Não querendo retirar a devida importância aos demais assuntos tratados neste espaço, como as sempre populares notícias dos Carapaus ou os devaneios sazonais, acho que, com uma maior regularidade, deveríamos fazer melhor uso deste tipo de comunicação e publicar opiniões mais sérias e espicaçar os níveis de cultura, geral ou não, da nossa geração que, diga-se de passagem, são gritantemente paupérrimos!
Espero que os nosso fiéis seguidores não se sintam defraudados e que este espaço não deixe de cumprir a função de ludoteca, que tão bem o tem feito até agora.

Atenciosamente, Dr. Macio

quarta-feira, janeiro 17, 2007

De volta à terra

E todos os sorrisos, todos os elogios, todos os sonhos se desvaneceram com o decorrer do aguardado jogo entre os Carapaus de Corrida com uma equipa qualquer de economia.
Num jogo em que nada saiu bem á equipa da casa, o placar final registou uns inesperados 1-4 a favor da equipa forasteira.
Foi com uma expressão de perplexidade e de espanto, que se foi intensificando ao longo do jogo, que os fiéis e enérgicos adeptos dos Carapaus assistiram ao jogo. Desde já uma palavra de apreço à magnifica moldura humana presente no estádio, que se manifestou incansavelmente do início ao fim do jogo, mesmo que o cenário não fosse dos mais propícios. Ocasionalmente lá surgiram vozes de descontentamento, mas que prontamente se dissolviam no espírito de amizade e orgulho que a claque irradiava. Um verdadeiro espectáculo, que sem duvida serviu de atenuante ao medíocre futebol praticado.
Após um primeiro jogo brilhante em todos os sentidos, os biólogos marinhos vacilaram perante a modesta equipa de economia, que controlou esporadicamente o meio campo, ofuscando incompreensivelmente algumas das figuras de maior destaque da equipa de todos nós.
Com uma equipa titular diferente do ultimo jogo, o mister Pelica fez orelhas moucas á celebre frase “em equipa que se ganha não se mexe”, colhendo uns trágicos 4-1, fazendo com que alguns simpatizantes do clube pedissem a cabeça do treinador após o apito final. Foi com grande surpresa que quando os atletas subiram ao relvado, os habituais titulares Nenuco, Oxyduras e Chewbacca ficaram no balneário, dando lugar aos novatos Mamassara, Poligay e Tiago. Com esta mudança, Pelica ambicionava dar mais capacidade defensiva à equipa, desejo este que não passou do seu bloco para o relvado como indicam os expressivos quatro golos que o guardião Dinis encaixou nas suas, até ai invioláveis, redes. Foi à passagem do minuto vinte e quatro que a sorte do jogo foi ditada, com a expulsão do veloz lateral Cachupa, após uma falta aparatosa sobre um economista que por fugazes momentos se transformou em actor. Perante esta dica do jogador adversário, o parcial arbitro, cumpriu escrupulosamente o guião, mandando Cachupa para os balneários mais cedo. Perante esta encenação, Pelica atirou freneticamente um irado bloco de notas contra o quarto árbitro, acto este que lhe valeu uma severa reprimenda.
Após este teatro, digno de passar num Tivolli ou num D. Maria II, a equipa dos Carapaus quebrou animicamente, e os golos da maldita equipa apareceram com alguma naturalidade, tendo em conta a arbitragem tendencial de que os Carapaus foram alvo durante toda a partida. Com a chegada do descanso, Pelica deu uma mini palestra tentando dar de novo animo aos seus destroçados pupilos. Com a chegada da segunda parte, o desolado treinador que ja tinha feito entrar o ágil Nenuco, e o felpudo Chewbacca, procurou dar maior acutilância ao ataque marinho. Como frutos teve um insuficiente golo, insistência precisamente do recém entrado Nenuco, que mesmo assim ainda poderá ser preponderante nas contas finais do grupo. Foi após este cobiçado golo que o derradeiro apito soou, ecoando na cabeça dos cabisbaixos e fustigados Carapaus. A partir deste momento, todos os jogadores da surpreendente formação de economia, se desfizeram em lágrimas, ainda incrédulos com o expressivo resultado obtido perante a poderosa formação dos apelidados galácticos marítimos, abraçando-se entre si e com manifestações pouco masculinas.
Enquanto que o plantel dos Carapaus de Corrida cumprimentava desportivamente os injustos vencedores, o estilhaçado treinador, que para este jogo não pode contar com os jogadores Psidónio a tratar de assuntos pessoais e de Calhau que se encontra em local desconhecido, olhava apaticamente para o horizonte, tentando explicar o inexplicável.

Ficha técnica

Onze titular:
Dinis
Laurodérmio
Tiago (Saiu aos 64 min)
Templária
Cachupa (Expulso aos 24 min)
Mendes
Mamassara (Saiu aos 26 min)
Psico (Saiu aos 68 min)
Olazabal (Saiu aos 48 min)
Super-maxi
Poligay (Saiu aos 26 min)

Suplentes utilizados:
Pega (Entrou aos 42 min)
Chewbacca (Entrou aos 26 min)
Nenuco (Entrou aos 26)
Sininho (Entrou aos 64 min)
Oxyduras (Entrou aos 68 min)

Suplentes não utilizados:
Lenga

Treinador:
João Pelica

Massagista:
Besuga

Classificações (0-10):

Dinis (3) – Conquistou a titularidade, após a amável cedência do lugar por parte do seu rival Lenga. O atleta apresentou-se alguns furos abaixo do habitual, falhando sucessivos pontapés de baliza, que inclusivamente tiveram na origem do quarto golo. Pouco podia fazer nos outros golos. Infeliz.

Laurodérmio (3) – Começou o jogo a lateral onde nunca se adaptou, fazendo da sua característica velocidade a sua grande aliada, não estando bem, à semelhança do resto do quarteto defensivo no passe. Com o decorrer do trágico encontro, e por força das circunstâncias, acabou o jogo a extremo, criando algumas oportunidades de golo eminente, novamente com o seu de poder de explosão a fazer a diferença. Muito lutador ao longo do jogo, nunca desistindo qualquer lance. Raçudo.

Templária (2) – Uma exibição muito esforçada, tendo corrido quilómetros, no entanto de pouca eficiência. Numa exibição de alguns momentos de classe, esta performance fica infelizmente recordada pelos erros, principalmente pelo erro que levou ao primeiro golo do encontro, sendo seu o passe magistral para o jogador adversário. Pelo facto de a posição de central ser uma posição de grande importância, pois basta um erro para manchar qualquer exibição, o popular central deixou-se abater ao longo do jogo, não fazendo justiça á fama de é que detentor. Acabou o jogo com fortes dores musculares tal a sua entrega. Esgotado.

Tiago (2) – A maior surpresa da equipa inicial prendeu-se precisamente com a inclusão do central, que não teve uma estreia a titular muito feliz, uma vez que teve grandes dificuldades em acompanhar os atacantes, provocando inclusive um penalty. À semelhança do seu companheiro de sector, muito esforçado, pecando principalmente na velocidade. Desenquadrado.

Cachupa (-7) – Uma exibição muito incaracterística do lateral, em que foi acumulando erros atrás de erros que lhe levaram a expulsão por acumulação de amarelos. Devido à sua expulsão a equipa ressentiu-se, levando a uma derrota prematura. Devido à sua exclusão não vai poder dar o contributo no próximo jogo, que se antevê complicado.
O facto de ter deixado a equipa órfã e como a deixou, deitou por terra as aspirações do colectivo. Indisciplinado.

Mendes (2) – Pareceu apático e com pouca concentração possivelmente devido á frequência de estatística que realizou no dia anterior. O seu habitual toque de bola e a sua capacidade de destruir jogo não passaram de uma simples miragem no deserto que foram os Carapaus. Ao longo do jogo continua irreconhecível, tendo o seu ascendente na segunda parte, à imagem da equipa. Apático.

Mamassara (2) – Este carapau juvenil, que tanto prometeu no exigente treino de sexta-feira, e onde Pelica depositou tantas esperanças, cedeu à pressão de jogar e não esteve ao nível esperado. Juntamente com o outro trinco Mendes, perdeu a batalha de meio campo, fazendo com que o esquema táctico desabasse como um baralho de cartas à mercê do vento. Inseguro.

Psico (2) – À semelhança do central Tiago, representa a geração mais velha de B.M.P. (5º ano), mas não fez uso da sua experiência, sendo facilmente anulado pelo lateral adversário. No entanto, enquanto teve em campo, procurou sempre atacar, mas nem sempre da maneira mais indicada, perdendo bastantes lances. Não deve ter ficado contente com a sua prestação. Fugaz.

Olazabal (2) – Atingiu a titular, quando muitos já o punham no banco. Muito apagado durante o jogo, tendo inclusive de ir para lateral esquerdo, quando Cachupa foi expulso. Teve de sair devido à pouca preparação física que apresentou, pois à imagem de Pega no último jogo, teve fortes cãibras, não conseguindo aguentar o ritmo frenético do encontro. Dorido.

Super-maxi (3) – O capitão da equipa caiu em posições mais avançadas no inicio do jogo, demonstrando a sua entrega habitual mas não conseguindo empurrar a equipa para a frente como é normal, fazendo com que a equipa se ressentisse. Não conseguiu ter a sua influência normal, e estando numa posição de distribuidor, não fez a equipa jogar. Desinspirado.

Polligay (2) – Novato nestas andanças, não conseguiu fazer a diferença a ponta de lança, estando sempre muito desamparado na frente de ataque. Foi o autêntico retrato dos Carapaus de Corrida, nunca conseguindo mostrar o seu real valor, os seus dribles, a sua técnica, o seu futebol. Sentiu o peso da camisola. Desapoiado.

Pega (1) – Entrou para a sua posição de raiz, e desde logo demonstrou a sua condição física característica sendo várias vezes ultrapassado em velocidade. Infelizmente só se fez notar em campo pela sua vigoroso voz. Lento.

Chewbacca (2) – Entrou para tentar virar o jogo, mas o máximo que conquistou foi fazer uma ferida no joelho, ensopar a camisola e apresentar um visual ridículo devido á fita que usou. Nos minutos iniciais, após a sua entrada, entrou cheio de vontade, fazendo inclusive alguns sprints (!). Com o passar do tempo caiu na monotonia, á imagem da equipa. Obeso.

Nenuco (3) – Entrou para revolucionar o jogo e conseguiu. Mal entrou ainda deu uns ares da sua graça, com as suas fintas. A sua entrada coincidiu com o maior ascendente da equipa, sendo o único tento da equipa da sua autoria. (Um pequeno parênteses para informar que o jogador já não tenciona rescindir com o clube como foi anunciado, tendo o seu contrato sido melhorado, passando a ter direito a três viagens a Huelva, em vez de duas por bloco, segundo o Presidente/jogador Sininho noticiou). Inovador.

Sininho (2) – Entrou para os minutos finais, com vontade de mostrar serviço. Muito irrequieto, foi uma dor de cabeça para ambas as equipas. Esforçado.

Oxyduras (2) – Entrou igualmente para os momentos finais, mostrando que a sua lesão já é coisa do passado. Não acrescentou nada de novo. Desaparecido.

Lenga (0) – Não saiu do banco, dando constantemente a sua opinião aos presentes no banco. Bom na distribuição de água. Falador.

quarta-feira, janeiro 03, 2007

Críticas

Com enorme satisfação publico neste espaço as primeiras críticas oficiais feitas ao blog Maciez Ilimitada.
Estas palavras chegam-nos directamente de Londres, de um gestor de empresas, feroz crítico da língua portuguesa, o que demonstra que este poço de cultura já chega além fronteiras e que atrai e cativa pessoas dos mais variados sectores.
A crítica: "(...) achei o tributo ao Lopes Pinto excessivamente erudito e muito rebuscado, embora imaculado do ponto de vista gramatical (...), talvez tenha sido essa a intenção do autor (...), adorei o tributo ao Oscar (post 15-46-CT). O blog está muito bem escrito."
Depois de momentos como este creio poder afirmar que o nosso empreendimento vai de vento em popa!

Lopes Pinto, o próximo Vergílio Ferreira?

É benéfico e extremamente louvável a emergência de novos valores, nas mais diversas áreas, no plano nacional. Certo é que apenas a uma mão cheia está reservada a distinção dos demais e merecido reconhecimento.
E assim, é com enorme satisfação e inabalável confiança no potencial lírico do jovem escritor Lopes Pinto, que aqui o proponho ao prémio Revelação 2006 da revista Postulados, das Selecções Reader's Digest.
Quem quer que já tenha vislumbrado, ainda que fugazmente, ou na diagonal, como se diz na gíria, o seu trabalho sente imediatamente uma nostalgia que nos remete para tempos mais longínquos, tempos em que a escrita era um dom, uma benção, e não um dado adquirido.
Qual Marquês da prosa, a sua pena desliza suave e ligeiramente por entre metáforas labirínticas, esgueirando-se por entre inebriantes sebes cheias de fleuma, levando-nos consigo para um colorido imaginário. A esta escrita, amiúde extenuante e complexa para os pobres de espírito, mas bela e mágica para os que a compreendem, deixo apenas um reparo, para que se evite um reconhecimento tardio, senão mesmo póstumo. A procura célere de um editor, alguém responsável pela correcta ortografia e gramática dos textos, para que no meio de muitas letras não se perca o testemunho exímio de um dos mais notáveis cronistas dos nossos tempos.
Portanto, sem mais delongas, como se diria noutros tempos, "a César o que é de César".