Lopes Pinto, o próximo Vergílio Ferreira?
É benéfico e extremamente louvável a emergência de novos valores, nas mais diversas áreas, no plano nacional. Certo é que apenas a uma mão cheia está reservada a distinção dos demais e merecido reconhecimento.
E assim, é com enorme satisfação e inabalável confiança no potencial lírico do jovem escritor Lopes Pinto, que aqui o proponho ao prémio Revelação 2006 da revista Postulados, das Selecções Reader's Digest.
Quem quer que já tenha vislumbrado, ainda que fugazmente, ou na diagonal, como se diz na gíria, o seu trabalho sente imediatamente uma nostalgia que nos remete para tempos mais longínquos, tempos em que a escrita era um dom, uma benção, e não um dado adquirido.
Qual Marquês da prosa, a sua pena desliza suave e ligeiramente por entre metáforas labirínticas, esgueirando-se por entre inebriantes sebes cheias de fleuma, levando-nos consigo para um colorido imaginário. A esta escrita, amiúde extenuante e complexa para os pobres de espírito, mas bela e mágica para os que a compreendem, deixo apenas um reparo, para que se evite um reconhecimento tardio, senão mesmo póstumo. A procura célere de um editor, alguém responsável pela correcta ortografia e gramática dos textos, para que no meio de muitas letras não se perca o testemunho exímio de um dos mais notáveis cronistas dos nossos tempos.
Portanto, sem mais delongas, como se diria noutros tempos, "a César o que é de César".
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