Kit Kat

Ter a única janela iluminada num raio de "até onde a vista consiga alcançar", numa noite de domingo é simplesmente maravilhoso!
Não era bem a única, havia mais uma dúzia de luzinhas algures dispersas por Faro... mas não deixa de ser maravilhoso.
Resolvi fazer um breique no estudo, beber um cházito de ananás e côco (que também é maravilhoso!) acompanhado de umas torradas amanteigadas...Hm! (só não havia o chocolate oficial dos intervalos!) Fui então para o quintal apreciar a vista. Aquele ventinho, aliás brisa forte, vindo do mar, só os grilos e o roçar das folhas emitiam ruído (isso e eu a sorver o chá...). É algo a experimentar, decididamente!
E, quem quiser, é só contactar-me e marcar a hora. Acho até que vou fazer do meu quintal o meu consultório!!

Bom, quis apenas partilhar a experiência. Ontem tudo fazia mais sentido, mas como não há net em casa...

Façamos um balanço! (parte 2)

Desde o início das aulas, este ano, até agora, e quem sabe além mais, o tópico de conversa "praxes" tem sido largamente explorado e, por isso, como a paciência para dissertar sobre este assunto já não é muita vou tentar encurtar esta 2ª parte do balanço...
Retomando o último post, as coisas já não são o que eram ou "no meu tempo é que era...". A culpa destas afirmações serem feitas pertence aos académicos ou às bestas?! A meu ver, para as praxes funcionarem correctamente há que haver bom-senso de ambas as partes (praxantes e praxados) e uma vontade por parte da caloirada de levar as coisas na boa e aproveitar ao máximo! É claro que umas bebidinhas no bucho, para desanuviar e aligeirar o ambiente, ajudam bastante mas não são indispensáveis. Gostava de saber em que outra altura na vida é que terão oportunidade de estar uma semana e meia sem gastar um tusto, recolher a casa apenas para dormir e trocar de roupa e fazer várias refeições ao dia, com bebida (muita!) incluída, à pala de muito boa gente?! Se alguém souber a resposta que me diga! Para as bestas que desistiram ou que se declararam anti-praxe, sinto muito, acho realmente que perderam uma grande experiência!
Não falo aqui sequer de integração ou de facilidade de fazer amigos, porque apesar de ser um dos objectivos das praxes, não é preciso ser praxado para que nos sintamos integrados ou termos carradas de amigos na faculdade. É um facto que simplifica as coisas já que somos quase "obrigados" a buscar apoio nos amiguinhos, aqueles que diariamente são praxados connosco, e a conhecer toda a panóplia de fauna que habita numa universidade: mancebos, académicos, veteranos, mestres, velhas-guardas, dinossauros e tudo o mais que quiserem até acabar nos míticos "fósseis" ou "mobílias"! No entanto, e acho que era aqui que queria chegar, há muito boa gente que não passa pelas praxes, pelos mais diversos motivos, bifásicos, trabalhadores, malta que anda de férias e que não quer vir às aulas, e que mesmo assim se integra bem com as ex-bestas!
Bom, como já tinha dito, creio que fomos uns maciozinhos a praxar, mas se isso aconteceu foi porque as bestunças também demonstraram ser uns autênticos corais, tão frágeis tão frágeis que até tínhamos medo de mandar um berro mais sonoro não fosse a pobre criatura desequilibrar o seu conteúdo hídrico e desfazer-se em lágrimas, deixando o universo académico de pantanas... "a besta tá a chorar, que aconteceu? que se passa?!" e depois lá ia alguém tratar de consolar a besta não fosse ela querer desistir ou declarar-se anti-praxe! Assim, respondendo à questão que foi feita umas quantas linhas atrás, se há um tempo atrás se praxava mais e melhor era porque, se calhar, há um tempo atrás as bestas vinham com outro espírito, mais dispostas a colaborar, não sei... não passo de um barbeiro!
Mas isso levanta outra questão, quem impõe os limites nas praxes? Quanto mais eles colaborarem mais nós vamos querer praxar, esticando a corda cada vez mais até que parta, resultando numa desistência ou desentendimento entre pares, e assim lá volta tudo a amenizar para que não haja mais incidentes...
Enfim, fazendo um balanço (até que enfim...) das praxes 2006/2007, creio que a grande parte das bestas percebeu e absorveu o espírito das praxes e será capaz de fazer passar correctamente a mensagem quando for a sua vez de corromper jovens mentes! Espírito esse que apenas quem foi praxado e gostou, chegando ao ponto de pedir mais (há gente assim sim!!!), entende, conhece e tem presente na alma!
................................Saldo positivo!!!

Besteiras de uma besta

Enfim as praxes…tanta coisa que se pode dizer desta mítica tradição que tantos medos provoca nos caloiros e tantos cabelos brancos nos académicos
Aqui fica um testemunho da improvavel mistura de uma besta obediente e de um rasgo de inspiração do seu autoritário académico:

“Caro Administrador da marca Auchan,

Venho por este meio expor-lhe uma situação estranha e desagradável que se sucedeu comigo durante um jantar.
Sendo eu estudante universitário, tal como o resto das pessoas que presenciaram o ocorrido, recorremos aos vossos produtos, principalmente por serem manifestamente mais baratos que as outras marcas e também pela sua reconhecida qualidade.
Mas passo de seguida ao assunto que me levou a redigir esta carta. Comprámos quatro pacotes do vosso produto (neste caso massa esparguete de um único tipo) para confeccionar para o jantar, tudo correu bem até ao momento em que nos começamos a servir, pois para nosso espanto, existiam dois tipos de massa, uma mais grossa que a outra. Como é isto possível?! Será que as pessoas que fazem a separação não são competentes o suficiente para desempenhar uma tarefa tão básica?
Mas pior foi, passado algum tempo de refeição, o facto de termos ficado com uma tremenda má disposição. O que significa isto? Que possivelmente houve alguma deficiência de higiene nas condições de trabalho dadas aos empregados da fábrica.
Tendo esta situação acontecido, sentimos a nossa confiança defraudada em relação aos vossos produtos.
Esperamos por isso que, futuramente, tenham em atenção os problemas para os quais vos alertamos, de modo a que uma situação não se volte a repetir.
Agradecemos a sua atenção e tempo despendidos “

A peça que faltava

Venho desta forma, depois de várias pressões, oficializar a minha participação neste blog, que segundo diversos entendidos dizem, vai se tornar numa autêntica bola de neve, quem sabe uma avalanche…!
Relativamente à afronta por parte do outro colaborador:

"Excelentíssimo Dr.Macio,

antes do homem ir à lua, não mandaram primeiro uma cadela? Antes do Bush ter ido para o Iraque não mandaram primeiro as tropas? Antes de um Rei comer não mandavam um pobre coitado experimentar a comida para ver se não estava envenenada..?lol vês alguma semelhança..?
Abraço"

E o Sir Macio?!

Antes de mais queria só deixar aqui bem claro que o Sir Macio é real, não apenas um alter-ego ou personagem fictícia criada por mim na tentativa de vos iludir e de vos levar a acreditar que existiria mais alguém disposto a embarcar numa aventura destas...
Deixo aqui as teorias conspiratórias aguardando resposta do próprio:
"Caro Sir Macio,
ou andas por aí todo borrado e receoso de expôr o mais íntimo das tuas vísceras ou andas a apalpar terreno, à espera que este blog se torne um sucesso incomensurável, para depois me puxares o tapete e colheres todos os louros...
Se não é nem uma coisa nem outra então não sei... acho que não passas de um singelo copinho de leite, macio como a neve!

Grande abraço
Dr. Macio"

Façamos um balanço!

Já lá vão umas semanas desde o último post e consequentemente onde é que já vão as praxes... Como li algures num blog de um Exmo. Sr. que me praxou, "no meu tempo era diferente"... e apesar de ainda só levar 2 anos e uns mesitos destas andanças académicas, sinto que desde o ano em que fui praxado até este ano,em que tive o privilégio de praxar, houve algumas diferenças que fazem toda a diferença!
Vejamos, houve alguns "cotas" de BMP, a minha madrinha inclusivé,que foram praxados tempo demais, leia-se "mais de duas semanas", que para mim é como as férias, uma semana é pouco, não chega para descansar e desligar da rotina diária e mais de duas semanas já leva ao desinteresse e preguiça total... Neste caso, uma semana não chega para a ambientação/integração total e mais de duas semanas, meus senhores...já ninguém pode com as bestas! Começam a ganhar a confiança e estar à vontade e é vê-los a pedir tudo e mais alguma coisa a que tem direito, é só ao álcool mas pronto, começam a abusar! Não que nos faltem as ideias, mas começa a faltar a paciência para as insolentes criaturas! Bom, voltando ao início do parágrafo, porque entretanto já divaguei de mais, aí há uns tempos era mais de duas semanas, do ano passado para cá passou a ser uma semana e meia de praxe, que com o fim-de-semana pelo meio, Deus nos livre de impedir as pobres bestunças de ir a casa dizer aos papás que os académicos são uns monstros horríveis, fica reduzido a practicamente uma semana! É precisamente no início da segunda semana, a 2 dias do baptismo, que eles começam a curtir e a fazer as coisas com mais gosto, também a altura em que a gente já não os pode ver à frente, só queremos é baptizá-los!
Acho que ainda não enumerei diferenças nenhumas, mas a vontade de escrever e de deixar aqui todos os pensamentos é tão grande que nem me consigo organizar...
Mais diferenças...esta é fulcral!!! Onde é que na minha reduzida capacidade intelectual de besta, alguma vez pensei em dizer que não me apetecia comer o que houvesse pa jantar na casa de algum académico? Só se fosse louco!! Se o jantar não fosse massa com atum, seria massa com salsichas, e mai nada!! Pois as bestas este ano tiveram, pelo menos um jantar, em que havia 3 pratos à escolha! 3!!! Realmente fomos uns maciozinhos a praxar...
Fiquei deprimido...já nem consigo escrever mais, vou ver um pouco de rugby na sportv a ver se isto passa...
(voltem para a parte 2 deste post! Espero..)