De jaquinzinhos a CARAPAUS!
Logrando todas as expectativas, no passado dia 1 de Março, o Carapaus Futebol Clube passaram à 2ª fase do campeonato!
Numa exibição bastante nervosa e contida por parte de ambas as equipas, o resultado foi bastante esclarecedor, fixando-se num empate a um golo. Resultado que, porém, foi suficiente para garantir a passagem de ambas as equipas à próxima fase. A equipa de gestão hoteleira e turismo que já tinha garantido a liderança do grupo, e assim assegurado o seu bilhete para a fase final, jogou de maneira a controlar o jogo, enquanto que os Carapaus, com o empate, carimbaram o seu passaporte como um dos dois melhores terceiros classificados da fase de grupos.
Depois do último jogo, em que os Carapaus se fizeram acompanhar de 4 batatas, era mandatório que o mister Pelica revigorasse a equipa e mudasse de estratégia. E assim o fez, surpreendendo tudo e todos ao abdicar dos habituais extremos e optando por um clássico 4-4-2, táctica que mais tarde se veio a verificar ineficaz. Outra alteração marcante foi a passagem do testemunho de capitão para a grande e cabeluda figura de Chewbacca. Ainda que contra a vontade de alguns jogadores, esta alteração não suscitou mau ambiente no balneário, desenrolando-se tudo com muita tranquilidade.
Como o jogo não se adivinhava fácil, o mister escolheu para o onze inicial os habituais titulares, ainda que alguns não jogassem na sua posição original.
Assim, na baliza encontrava-se Dinis, seguro e atento durante grande parte do jogo, não deixou de ter alguma culpa no golo do empate dos turistas, que tentou defender com os olhos. Ainda assim, e nem depois de um violento choque com um jogador da equipa adversária, não baixou os braços e continuou a apelar sempre à garra e atenção dos colegas.
Na defesa jogaram Templária, Laurodérmio, Olazabal, Pega, Tiago e Oxy. Templária, no seu habitual lugar de central fez uma exibição regular e descomprometida na primeira metade da partida, já que na segunda os turistas fizeram entrar para a posição de ponta-de-lança um jogador mais rápido e possante que acabou por lhe dar uma enorme trabalheira, exaurindo o jogador até às últimas e pondo à prova toda a sua fibra futebolística. Foi uma peça-chave na defesa marinha, ouvindo-se por vezes o público a gritar «show puyol!». Laurodérmio deu à equipa um contributo com o qual nos vai habituando, incansável e trabalhador, anulou o ponta-de-lança adversário durante os minutos em que jogou a central, falhando no lance que originou o golo adversário por ter dado demasiado espaço ao ponta-de-lança. Já na segunda parte ocupou a posição de lateral-direito aquando da saída de Pega, posição esta onde deu mais nas vistas com as suas poderosas arrancadas e com a sua inconformação com o resultado. Esteve muito mal nas bolas aéreas. As preces de Olazabal foram ouvidas pelo mister, que o pôs a jogar a lateral-esquerdo neste jogo, lugar que honrou com uma agressividade e carácter ofensivo nunca antes visto. Apesar dos conhecidos hábitos de fumador, mostrou-se rejuvenescido e corredor, tendo apenas abrandado o ritmo quando foi substituído, já a poucos minutos do final. Pega como lateral-direito, mais uma vez, pecou apenas pela falta de velocidade, mas cumprindo muito bem o seu papel de sombra do extremo adversário e ainda contribuindo para alguns ataques com numerosas tabelinhas com os jogadores mais avançados. O peso começou a pesar nas pernas a meio da segunda parte, o que levou à sua inevitável substituição. Tiago que entrou por Pega, foi para a posição de central, tentativa do mister para cimentar a defesa e construir uma muralha contra as investidas hoteleiras. Contra um ataque muito rápido e com poucos treinos nas pernas, foi difícil o entendimento com o seu parceiro, mas foi uma mais valia nas bolas aéreas, funcionando como um telhado na grande área. Oxy entrou nos minutos finais da partida apenas para segurar o ímpeto atacante dos opositores. Ainda um pouco ressentido da lesão sofrida no ínicio da época, esteve cauteloso e discreto no jogo.
No meio campo, distribuídos num losango pouco dinâmico e confuso jogaram Mendes, Mamassara, Super Maxi, Chewbacca e Sininho. Lutando com muita dificuldade, o meio campo dos Carapaus parecia um bando de baratas tontas depois de bombardeadas com insecticida. Mendes como trinco é um autêntico cadeado, no entanto, neste último jogo mais parecia uma porta escancarada. Demonstrou muitas dificuldades em adaptar-se ao esquema táctico utilizado, confundindo-se muitas vezes na colocação e marcação com Mamassara. Não se mostrou capaz de fazer uma boa transição defesa-ataque o que comprometeu bastante a sua exibição. Mamassara agarrou a titularidade mais uma vez e, mais uma vez também, desafinou. Parece claro que o seu entrosamento com Mendes apenas existe na cabeça do mister, notando-se em campo a dificuldade de adaptação. Não deixou de lutar, no entanto, intimidando o adversário nos lances aéreos com a sua farta cabeleira. O ex-capitão, Super Maxi, mais uma vez não comprometeu, estando irreprensível durante o jogo e denotando classe e segurança nas suas acções. Com o pé esquerdo desafinado, mais uma vez, não foi capaz de criar perigo às redes da baliza contrária, oferecendo meia-dúzia de bolas às couves que assistiam ao jogo. Chewbacca personificou a típica imagem do jogador deslumbrado. Com a braçadeira de capitão tão bem ajustada ao seu braço, tornou-se um Sá Pinto azulado. Refilão, brigão, raçudo e guerreiro até onde os pulmões e o peso o deixaram ir, acabou por ser substítuido no decorrer da segunda parte sem ter marcado o relvado com a sua habitual magia e excelente distribuição de jogo. Em vez de médio ofensivo apenas médio. Sininho que entrou para o lugar do capitão, mas mais descaído para a direita como tanto gosta, manchou a sua folha com um redondo e sonoro "Calem-se!" para os apoiantes que aplaudiam e chamavam pelo seu nome quando este entrou em campo. Gesto feio e não merecido para com a fantástica massa associativa do clube. Autor de inúmeros cortes e da fixação do lateral adversário no seu meio campo, contribuiu muito para a criação de espaços na linha por onde muitas vezes fugiu Laurodérmio.
No ataque, muito desapoiados e solitários estiveram Nenuco, Psidónio e Polygay. A gazua da equipa, Nenuco, bem tentou chegar ao golo de todas as maneiras, correndo o jogo inteiro por todo o lado, tentando confundir a pesada defesa adversária. Os esforços foram ligeiramente compensados nos primeiros segundos da segunda parte, quando com um tenso centro para a área colocou a bola na perna de um infeliz defesa turista que fez o favor de fazer um chapelito ao seu guarda-redes, pondo os Carapaus na liderança do marcador por fugazes instantes. Mesmo depois do empate mostrou-se imparável e, por vezes, recorrendo a técnicas teatrais foi empurrando a equipa hoteleira para a sua área. Apesar de ausente no último jogo, Psidónio começou de ínicio, não conseguindo corresponder bem às expectativas do treinador. Recuando, muitas vezes, demais no terreno, não serviu bem o propósito de ponta-de-lança. No entanto, foi autor de grandes momentos futebolísticos no campo, fintando os jogadores adversários várias vezes e ele próprio umas quantas. Acabou por ser substituído na segunda parte por falta de ritmo competitivo. Para o seu lugar entrou o jovem Polygay que, apesar de muito fogoso e com muita vontade, não conseguiu impôr-se sobre uma defesa reclusa que já só pensava em assegurar o resultado, esteve um pouco apagado.
No banco, sozinho e irritado, ficou Lenga, o guarda-redes que podia ter entrado para qualquer outra posição, conferindo velocidade e um pouco mais de tenacidade à equipa. Visivelmente transtornado por ser o seu último jogo pelos Carapaus e por ter ficado no banco, foi o protagonista de um monólogo enraivecido onde acabou por chamar incompetente ao mister Pelica, o que não afectou sobremaneira o treinador. Não deixou de ser uma fonte de ânimo aos seus colegas, gritando durante todo o jogo para que a equipa atacasse.
Analisando a equipa de gestão hoteleira e turismo, apenas constatamos que não passam de uns empertigados pretendentes a jogadores de futebol. Encarando o jogo com muito desdém e subestimando a armada bióloga, entraram em campo com um futebol medíocre e com jogadores de segunda. Foi apenas na segunda parte, ao sentirem os calos pisados depois do golo dos Carapaus, que fizeram entrar as vedetas. O que acabou por dar os seus frutos, pois foram estes os responsáveis pelo golo do empate. Qualificando-se em 1º lugar do grupo para a segunda fase da liga, acreditamos que o futebol que praticam, rapidamente se perderão entre os tubarões da liga.
Novamente a torcida dos Carapaus compareceu em campo, mas desta vez já não foi em peso. Talvez por obra do resultado do jogo anterior, a assistência diminuiu bastante e já chegou ao estádio largos minutos depois do apito inicial. As tácticas e as prestações dos CFC têm deixado muito a desejar, desvanecendo, desta maneira, as esperanças dos fãs em poder gritar a plenos pulmões que são adeptos de um clube campeão. Não deixam, mesmo assim, de levar um louvor pelo apoio incondicional que têm dado aos jogadores e pela constante animação que levam aos jogos a que assistem.
Aos CFC desejamos boa sorte para a fase seguinte e lembramos que o céu é o limite!
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