Assim sim!
Muito bem! O povo expressou-se e, na minha opinião, bem! Apesar de haver alguns focos de resistência, o país em geral concorda que se deve despenalizar a interrupção voluntária da gravidez até às 10 semanas. Poderíamos dizer que o resultado deste referendo foi uma mostra da evolução cívica e civilizacional que o povo português. Mas então, que dizer da elevada taxa de abstenção? Se por um lado temos portugueses que se preocupam com o estado da nação e, assim sendo, intervêm e promovem as suas ideias, casos muito bons das plataformas do "Sim" e do "Não"; por outro temos ainda um grande número de portugueses que ainda prefere ser governado que nem ovelhas e carneiros, deixando os destinos do país para outros, indo mais tarde marrar com a parede por causa de políticos ou leis, ou suas consequências, que poderiam ser diferentes, caso tivessem levantado o rabiosque do sofá e não deixado os assuntos em mãos alheias.
Bom, mas agora que se poderá abortar, até às 10 semanas, com segurança e cuidados médicos deu-se um grande passo. Mas é preciso também dar outro grande passo, que é o melhoramento do apoio e aconselhamento na adolescência, para que o aborto tenha de ser mesmo o último recurso. É necessário a tal educação sexual, a sério, nas escolas, bem como as políticas de prevenção.
Que se juntem todos, os que são contra o aborto e os que são a favor, e discutam e complementem as ideias das duas facções. Com empenho e profissionalismo, de certeza, conseguiremos um país melhor, civilizado e moderno, um país onde é permitido interromper voluntariamente a gravidez, mas onde a necessidade de a isso recorrer é reduzida, e havendo apoio profissional para quem não opte por essa via, mesmo não tendo boas condições para o fazer.
Utópico? Talvez... mas vale a pena pensar nisso, nada é impossível!
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